Rabiscando as paredes do Sótão
Rabisco paredes a lápis para que a borracha encontre utilidade quando eu errar.
Neo-catolicismo
quarta-feira, 12 de março de 2008
Estava mesmo a muito tempo a fim de escrever algo sobre como a igreja evangélica deixou de ser protestante e hoje já se parece muito com a igreja católica dos tempos medievais. Nada contra o catolicismo, mas é apenas uma constatação de que toda a instituição religiosa está sujeita a corrupção pela ganância, pelo poder nas mãos erradas, e sobretudo, pela falta de arrependimento.
A igreja brasileira reescreve em letras maiúsculas a história de Saul nos tempos modernos, trocando a obediência à Palavra, pelo sacrificio e pelo louvor que fica bonito aos olhos humanos, mas nem sempre aos olhos de Deus.
"O crescimento vertiginoso de igrejas neopentecostais que pregam a prosperidade só pode ser explicado pela idéia equivocada que o favor de Deus se mede e se compra pelo dinheiro, pelo gosto que os evangélicos no Brasil ainda têm por bispos e apóstolos, pela idéia nunca totalmente erradicada que pastores são mediadores entre Deus e os homens e pelo misticismo supersticioso da alma brasileira no apego a objetos considerados sagrados que podem abençoar as pessoas. Quando vejo o retorno de grandes massas ditas evangélicas às práticas medievais de usar no culto a Deus objetos ungidos e consagrados, procurando para si bispos e apóstolos, imersas em práticas supersticiosas e procurando obter prosperidade material por meio de pagamento de dízimos e ofertas me pergunto se, ao final das contas, o neopentecostalismo brasileiro e sua teologia da prosperidade não são, na verdade, filhos da Igreja medieval, uma forma de neo-catolicismo tardio que surge e cresce em nosso país onde até os evangélicos têm alma medieval".
Citação retirada do blog O tempora, o mores! via Tomei a pílula vermelha.
1 comentários:
Anônimo
disse...
quarta-feira, março 19, 2008 1:37:00 PM
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Eu penso nisso há alguns anos já... como o tal copo com água não me lembra a água benta... os pedaços da cruz que são novamente vendidos... o obscurantismo intelectual que assola as pessoas e as fazem voltar a uma época escura onde Deus estava tão distante, tão distante, que fazia até sentido armar exércitos e ir em busca do Santo Graal