Rabiscando as paredes do Sótão
Rabisco paredes a lápis para que a borracha encontre utilidade quando eu errar.
Estratégias Ultrapassadas
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Quando pensei em vir a Jocum imaginei que muita coisa mudaria em meu modo de ver as coisas, que eu seria curado das minhas dores e que Deus daria direção para o meu ministério. Tudo isso tem acontecido, só que numa proporção e sob uma ótica que eu não imaginava. Chegando aqui eu descobri que eu não sou o centro, que o meu próximo deve ser o principal alvo de minha preocupação. Mais do que isso: descobri que meu modo de ver missões, evangelização, o "ganhar almas", estava muito, mas muito a quem da realidade do mundo que vivemos.
Hoje vejo o quanto nós como igreja estamos alienados com relação ao mundo ao nosso redor. Não entendemos o grito de nossa geração porque simplesmente não paramos para ouvi-la. É mais cômodo nos encondermos em nossas igrejas, "fugindo do pecado" e não nos relacionando com "os pecadores". Quanto preconceito, cegueira e religiosidade. Onde estão os profetas do nosso tempo? Onde estão aqueles que ouvem e entendem o grito da nossa geração?
Durante uma das aulas, um professor falou de algo que ficou martelando em meu coração. Quem vai alcançar essa moçada que passa o dia inteiro trancada em uma quarto, em seus jogos de computador, suas amizades virtuais e quase nenhum contato com o mundo fora das suas quatro paredes? Alguns deles só se encontram com os seus amigos virtuais pessoalmente quando decidem tirar sua própria vida, por entender que ela não vale mais a pena. De que maneira nossas "estratégias de evangelismo" alcançarão essas pessoas? Teatro de pantomima? Entrega de folhetos/panfletos? Impactos de rua? Pregações e gritos a plenos pulmões em praça pública? Concentração de adoração? Tá na hora de repensar o modo como revelamos o reino de Deus ao nosso próximo.
4 comentários:
Gostei do texto... não só por concordar, mas com o enfoque que ele traz. Já recebi muitas críticas por ter amigos virtuais. E meus melhores amigos hoje os conheci na net.
Já vi de tudo por aqui... inclusive, 2 suicídios e uma tentativa de suicídio em menos de 2 meses. Sim, pessoas próximas a mim, que num dia eu conversei, brinquei e no dia seguinte soube que morreu. Choca.
Em função disso, criei um trabalho de apoio, onde buscavamos mostrar o valor que a pessoa tinha para os demais (e isso só vale se for feito ANTES da tragédia). O trabalho anda parado, mas sei que evitamos dois suicídios com isso. Acho que, só por isso, já valeu muito o trabalho!
Jesus nos mandou: IDE. Nós estamos revertendo essa ordem e praticando o VINDE. Dessa maneira, não precisamos nos envolver com as pessoas e nos iludimos que estamos evangelizando o mundo.
Mas o Senhor não nos mandou contar as boas novas somente, como temos feito. Ele nos mandou fazer discípulos e isso requer relacionamentos pessoais.
Ele viveu assim... e nos deixou Seu exemplo.
Deu certo!
Shalom.
Verdade Elaine...
Nos concentramos no "ide" e esquecemos que depois disso precisamos discipular e isso requer relacionamento...
Boa reflexão.
Ser amigo antes de tudo é um ótimo jeito de mostrar a glória de Deus através da sua vida(que é o mais difícil).
Deus abençoe
www.thpescador.blogspot.com